A história do Stollen de Dresden (Dresdner Christstollen) tem início na Idade Média, no ano de 1474. Nesta época, as massas medievais eram preparadas apenas com farinha, fermento e água, por conta dos dogmas católicos, que proibiam o uso de leite e manteiga na época de Natal. Após inúmeros pedidos de abolição desta lei, o Papa Nicolau V enviou uma carta atendendo às suplicas dos nobres da Saxônia, que ficou conhecida como a "carta de manteiga de Dresden". Em troca desta liberação, o Papa ordenou que os padeiros de Dresden pagassem uma "multa".
Diz a lenda que o formato típico do Stollen coberto por uma fina camada e açúcar de confeiteiro é nada menos do que a representação do Menino Jesus envolto em uma fralda. O Stollen de Natal de Dresden em sua característica atual começou a ser produzido neste século. Somente os mais finos e requintados ingredientes, os sabores naturais e as especiarias exóticas podem produzir essa massa de pão lisa e de odor agradável. Os ingredientes do Stollen são: farinha, uva-passa, manteiga, açúcar cristal, casca de limão, casca de limão cristalizada, amêndoas doces e amargas, fermento, rum, leite em pó, sal e especiarias. Mesmo que haja uma receita básica, cada padeiro tem a sua própria receita secreta da família. Para garantir a qualidade do bolo, a cidade criou um selo próprio para identificar os melhores produtos. E não é só isso: há também uma faca especial para cortar o Stollen.
A história marca que o príncipe-eleito da Saxônia e Rei da Polônia, Augusto, o forte, organizou em 1730 uma grande e luxuosa festa barroca, em um campo militar. Como ponto alto da festa o padeiro-chefe da corte apresentou não apenas um Stollen gigante, de 1.8 tonelada, mas também uma faca proporcional ao tamanho do bolo, encomendada apenas para aquela ocasião. Esta festividade tornou-se tão famosa que inspirou o Festival do Stollen, que acontece anualmente, na segunda semana do Advento, dentro do Mercado de Natal de Dresden.
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