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domingo, 12 de dezembro de 2010

Um Bom Natal





Na manhã do dia de Natal, o velho Gaspar abriu o jornal e começou a ler. Imaginem o que foi que ele viu na primeira página? Lá, no meio de todas as notícias importantes, estava o seguinte:

"Se você quiser ter um bom Natal, faça um bem para alguém."

O Sr. Gaspar leu e tornou a ler aquilo. Riu-se muito, deu uma palmada na perna e disse: "Que boa idéia!" Levantou-se e foi espiar no forno. "Veja só que beleza!", exclamou ele ao ver dois perus assados. Tirou o maior dos dois, colocou-o numa cesta e cobriu-o com um guardanapo bem branquinho e engomado. Escreveu num cartão:

"Se você quiser ter um bom Natal, faça um bem para alguém."

E colocou-o na cesta. Pegou o chapéu, vestiu o paletó, colocou a cesta no braço e saiu para a rua. Foi andando, andando, até que chegou a uma porta onde se via um enorme sapato pendurado. "Ó! Deve ser aqui mesmo que mora o sapateiro Antônio. Coitado dele, vive sentado o dia inteiro, consertando sapatos!" pensou Gaspar.

Devagarinho e sem barulho, pôs a cesta na porta, bateu palmas e rapidamente continuou o seu caminho, virando na esquina mais próxima, onde desapareceu antes que alguém pudesse vê-lo.

"Que surpresa magnífica! Que peru enorme!" disse o sapateiro lendo o cartão, onde estava escrito:

"Se você quiser ter um bom Natal, faça um bem para alguém."

"Imagine só, eu ganhando um presente destes!"

Ficou por um momento coçando a cabeça. Então disse em voz alta: "Já sei o que vou fazer! Levarei o frango que comprei para o nosso jantar de Natal à pobre viúva Mendes."

Guardou o peru, meteu na cesta o frango que havia custado seu último vintém, pois queria um jantar para os seus filhos no dia do Natal, cobriu-a e saiu, dirigindo-se à pequena casa branca da viúva. Colocou a cesta na escada, bateu na porta, e sumiu em seguida.

A viúva abriu a porta e arregalou os olhos de surpresa, enquanto lia no cartão:

"Se você quiser ter um bom Natal, faça um bem para alguém." Olhando para dentro da cesta, viu o frango assado. "Que belo frango! Quem teria tido a bondade de me dar este presente?" Sorrindo, guardou o frango no armário e disse: "Já sei o que vou fazer! Levarei também uma surpresa para a boa lavadeira." Tirando da mesa um enorme pudim, bem assado e cheiroso, arrumou-o na mesma cesta e levou-o à casa da lavadeira.

Joana estava no quintal, estendendo roupas, e não viu a viúva entrar pela porta, colocar a cesta na mesa e ir-se embora. Quando voltou para dentro de casa, viu a cesta e, muito admirada, leu o cartão:

"Se você quiser ter um bom Natal, faça um bem para alguém."

"Como é estupenda esta idéia! Vamos ver o que há dentro da cesta. Vejam só, é o rei dos pudins! Dá água na boca só de olhar! Ah, já sei o que eu também vou fazer. Assarei um bolo gostoso para os três filhos da D. Maria."

E assim fez, bolo na cesta, cartão pregado no guardanapo, foi até à casa de D.Maria. Entrou sem bater, colocou o bolo ainda quente sobre a mesa, defronte das três crianças e disse:

"Se você quiser ter um bom Natal, faça um bem para alguém."

"Que beleza, um bolo! Mas é para nós, de verdade? Hummm... como está cheiroso! Todo para nós? Muito obrigado" gritaram os três para a senhora que já ia saindo.

O mais velho dos irmãos sugeriu, então, aos menores: "Vamos cortar um pedaço bem grande e lavá-lo ao Joãozinho, o vizinho e grande amigo!"

"Vamos, vamos!" apoiaram os irmãos.

Como Joãozinho ficou alegre com o bolo quando as crianças lhe disseram:

"Se você quiser ter um bom Natal, faça um bem para alguém."

"Muito agradecido pelo bolo gostoso e bom! Também vou passar um dia alegre e feliz! Vou guardar as migalhas para os passarinhos que costumam aparecer na minha janela."

Quando ficou sozinho, Joãozinho pensou: "Eu também gostaria de fazer alguma coisa boa para alguém... JÁ SEI!", exclamou em voz alta, olhando pela janela as flores do jardim. "Aquele velho, simpático, a quem entrego o jornal todos os dias, não tem quintal."

Todo animado, pegou a tesoura e cortou com cuidado uma porção de flores coloridas. Ajeitou-as dentro da cesta, colocou o cartão e saiu todo garboso pela rua. Andou, andou, deu a volta no quarteirão. Colocando a cesta na varanda, tocou a campainha e virou a esquina, bem depressa.
Que surpresa que o Sr. Gaspar teve quando abriu a porta e encontrou sua própria cesta cheia de lindas flores e um cartão que dizia:

"Se você quiser ter um bom Natal, faça um bem para alguém."

(Desconheço a autoria)



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